Aviação agrícola cresce e gera empregos no Brasil
A aviação agrícola é uma boa opção para jovens que almejam a profissão de piloto de avião ou helicóptero, porém não gostariam de enfrentar a concorrida careira na aviação comercial onde entre outros investimentos, é indispensável um curso superior, e obrigatório falar a língua inglesa. O mercado da aviação agrícola proporciona excelentes salários e flexibilidade na jornada de trabalho, muitos profissionais desta área trabalham apenas seis meses por ano, contudo percebem salários invejáveis mesmo se divididos pelos doze meses.
A Aviação Agrícola é parte fundamental da aviação civil no Brasil. Sua frota, atualmente, tem crescimento médio de 5% ao ano e até o final de 2017 estima-se a soma de 2075 aeronaves. As operações requerem habilidade do piloto e manutenção constante das aeronaves, esses motivos têm feito a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) promover ações periódicas com vistas a desenvolver as melhores práticas para o setor.
As operações agrícolas são usadas para aplicações de fertilizantes e pesticidas em lavouras e requerem voos em baixa altitude, manobras em curto espaço e muita precisão. As operações aéreas agrícolas, geralmente, acontecem entre três a quatro metros do solo, além disso, os pilotos têm que evitar matas próximas as plantações, fios e o próprio relevo do local. Estima-se que cerca de 72 milhões de hectares são pulverizados pela aviação agrícola todos os anos no país.
Pensando nesse crescimento, a ANAC mantém atualizadas suas publicações voltadas para o segmento, como o Manual do Operador Aero agrícola, que já está em sua segunda edição. Consulte Aqui. No site da Agência também está disponível uma lista com todas as empresas aero agrícolas devidamente homologadas. É imprescindível consultar a tabela antes de contratar o serviço para garantir que o prestador está cumprindo com todos os requisitos de segurança. Veja as empresas homologadas aqui.
Em fevereiro, deste ano, a ANAC voltou a certificar uma empresa para utilizar helicópteros na pulverização das lavouras brasileiras. A modalidade estava desativada há mais de 30 anos. Também já está em tramite na Agência a homologação da primeira escola que ofertará cursos práticos e teóricos para a formação de Pilotos de Helicópteros Agrícolas (PAGH).
A manutenção das aeronaves envolvidas na operação aero agrícola guarda certas peculiaridades, como dificuldade de acesso a oficinas certificadas, escassez de mão de obra especializada e distância de aeroportos com melhor infraestrutura, dentre outras.
De uma maneira geral, a filosofia por trás dos serviços de manutenção aeronáutica envolve três níveis: Primeiro, alguém qualificado executa o serviço neste caso o mecânico; Segundo, alguém experiente inspeciona o serviço isto é função do inspetor; Terceiro, alguém garante que a infraestrutura, treinamentos, manuais, ferramentas estão disponíveis, que os registros são feitos adequadamente, que todos os requisitos regulamentares são atendidos. Ou seja, que o processo como um todo flui adequadamente. Esse é o Responsável Técnico (RT) ou Gerente de Manutenção, dependendo do tipo de empresa. Porém no ambiente da aviação aero agrícola, as coisas podem ser simplificadas e o número de pessoas reduzido, mas a filosofia deve ser mantida.
Aprovação para Retorno ao Serviço (APRS)
Manutenção realizada por pilotos: A manutenção permitida para pilotos é de baixa complexidade. Assim, não há risco adicional em relação à manutenção feita por mecânico ou oficina certificada, desde que sejam observados os requisitos e manuais em vigor. Diante das dificuldades de manutenção enfrentadas pela aviação aero agrícola a Agência planeja apresentar uma proposta de revisão dos critérios para a execução de manutenção preventiva por pilotos e aprovação para retorno ao serviço de uma aeronave após esse tipo de manutenção preventiva.